#música eletrônica 2023
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workship-dj · 1 year ago
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dyingpharaohsbr · 2 years ago
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DYINGPHARAOHS.COM
Atenção, fãs do Dying Pharaohs! O novo álbum '2023' está disponível agora! Este álbum contém dez faixas inéditas cheias de energia e rock. Não perca! Ouça agora no Tumblr.
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theforbiddeneden · 6 months ago
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An Offering From Drumeo | Sleep Token II/ Uma Oferenda da Drumeo | Sleep Token II
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II: I am II and this is an offering from Drumeo.
II: Eu sou o II e esta é uma oferenda do Drumeo.
Interviewer: Well, to all of you out there watching – this is going to be a really special Drumeo live feature, because this is the first recorded video interview that any member of Sleep Token has ever done and we’re honored that II has decided to do this with us. So welcome here, thanks for tuning in! And for any of you who don’t know who II is: he’s a founding member and the drummer for the anonymous band Sleep Token. They just put out a brand new album this year called Take Me Back to Eden, which is one of my personal favorite albums of this year – of 2023. I highly recommend you go check it out because it’s unreal and II’s playing is incredible. But before we jump into the interview – what you see here on the YouTube channel just scratches the surface of what we do here at Drumeo. Inside of our membership, we have thousands of song transcriptions with drumless tracks, including tons of stuff from Sleep Token. We have a full method that will teach you anything and everything about playing the drums. So if you want to check that out, there’s a link down below – drumeo.com/trial – and you can see everything we’re up to in the members area. We’re going to get into it: we’re going to be talking about II’s drumming, we’re going to be talking about some Sleep Token songs, and II is going to be playing a bunch of tracks. Let’s get right into it! Here we go.
Entrevistador: Bem, para todos vocês assistindo – esta será uma entrevista especial ao vivo do Drumeo, porque este é o primeiro vídeo gravado de uma entrevista que qualquer membro do Sleep Token já fez e estamos honrados que o II tenha decidido fazer isso conosco. Então, bem-vindo! E para qualquer um de vocês que não sabe quem é II: ele é um membro fundador e o baterista da banda anônima Sleep Token. Eles acabaram de lançar um novo álbum este ano chamado "Take Me Back to Eden", que é um dos meus álbuns favoritos deste ano – de 2023. Eu recomendo fortemente que você dê uma olhada porque é incrível e a performance de II é incrível.
Mas antes de começarmos a entrevista – o que você vê aqui no canal do YouTube é apenas uma amostra do que fazemos aqui no Drumeo. Dentro da nossa assinatura, temos milhares de transcrições de músicas com faixas sem bateria, incluindo muitas coisas do Sleep Token. Temos um método completo que ensinará tudo sobre tocar bateria. Então, se você quiser conferir, há um link abaixo – drumeo.com/trial – e você pode ver tudo o que estamos fazendo na área de membros.
Vamos começar: vamos falar sobre a bateria do II, vamos falar sobre algumas músicas do Sleep Token, e II vai tocar várias faixas. Vamos direto ao assunto! Aqui vamos nós.
Interviewer: So, from the drums, you can hear lots of influences just in your playing. You can hear rock, metal, electronic music. How do you apply all of this within your drum parts?
Entrevistador:Então, pela bateria, você pode ouvir muitas influências apenas na sua maneira de tocar. Você pode ouvir rock, metal, música eletrônica. Como você aplica tudo isso nas suas partes de bateria?
II: I’ve always personally taken a lot of inspiration from the UK dance music scene. Listening to various subgenres of drum and bass, specifically, allowed me to incorporate stylistic traits from those genres into my vocabulary as a drummer.
II: Sempre tirei muita inspiração da cena musical de dança do Reino Unido. Ouvir vários subgêneros de bateria e baixo, especificamente, me permitiu incorporar traços estilísticos desses gêneros no meu vocabulário como baterista.
Interviewer: So, over the three Sleep Token records, how has your playing evolved from the first to the last album?
Entrevistador: Então, ao longo dos três discos do Sleep Token, como sua forma de tocar evoluiu do primeiro ao último álbum?
II: I would say that while my stylistic approach and goals have generally stayed the same, my vocabulary on the kit has expanded. I try to work on not always using the same phrases, or using those phrases in the same voicing, to ensure the parts remain somewhat interesting. However, this in itself is a continual work in progress. As a player, I will admit that I – like others – don’t always achieve this. But to me, that is very, very much all part of the journey itself.
II: Eu diria que embora minha abordagem estilística e meus objetivos tenham permanecido geralmente os mesmos, meu vocabulário na bateria se expandiu. Tento trabalhar para não usar sempre as mesmas batidas, ou usar essas batidas na mesma voz, para garantir que as partes permaneçam um tanto interessantes. No entanto, isto por si só é um trabalho contínuo em progresso. Como músico, admito que eu – como outros – nem sempre consigo isso. Mas para mim, isso faz parte da jornada em si.
II: As I mentioned, I’m also a big fan of R&B and pop, which has worked its way into my playing. I grew up primarily playing metal, so the next obvious step for me was to blend these other styles in amongst heavier playing to add versatility to my drum parts.
II: Como mencionei, também sou um grande fã de R&B e pop, o que influenciou minha forma de tocar. Eu cresci tocando principalmente metal, então o próximo passo óbvio para mim foi misturar esses outros estilos com uma forma de tocar mais pesada para adicionar versatilidade às minhas partes de bateria.
Interviewer: So, when you’re developing your drum parts for the albums, are you just coming up with those yourself before the rest of the song is built or are you hearing the other instrument parts first and then basing your parts off of that?
Entrevistador: Então, quando você está desenvolvendo suas partes de bateria para os álbuns, você mesmo as cria antes do resto da música ser construída ou você está ouvindo as outras partes do instrumento primeiro e depois baseando suas partes nisso?
II: Most – if not all – of the time, I try to pay close attention to the vocals and figure out any specific syllables that can benefit from accents on the kit. I sometimes use the vocal line as a guide of sorts to dance in between what’s being sung, too. Filling in those gaps, if you will. Typically speaking, songs don’t start from a particular drum part, although this isn’t necessarily deliberate. Another element I look for when writing are any specific syncopation[s] that the drums must match. This could be a pattern on the guitar, a breakdown of sorts, something… something electronic … But I feel this takes away a lot of the guesswork when initially writing parts and provides me with a clearer idea of the song in question.
II: Na maior parte – senão em todo –do tempo, tento prestar muita atenção aos vocais e descobrir quaisquer sílabas específicas que possam se beneficiar dos acentos da bateria. Às vezes, uso a linha vocal como uma espécie de guia para dançar entre o que está sendo cantado também. Preenchendo essas lacunas, se você quiser.
Normalmente falando, as músicas não começam com uma parte específica da bateria, embora isso não seja necessariamente deliberado. Outro elemento que procuro ao escrever são quaisquer síncopes específicas que a bateria deva corresponder. Isso pode ser um padrão na guitarra, uma espécie de quebra, algo… algo eletrônico… Mas sinto que isso elimina muitas das suposições ao escrever inicialmente as partes e me fornece uma ideia mais clara da música em questão.
Interviewer: So, around the kit, you can see you’re using lots of different linear stockings and sticking patterns. What are some of the ones that you would say define your drumming?
Entrevistador: Então, em torno da bateria, você pode ver que está usando muita bateria linear(linear drumming) e padrões de baquetas(sticking patterns) diferentes. Quais são alguns dos que você diria que definem sua forma de tocar bateria?
II: I’ve always been a big Eric Moore fan, and gospel drummers in general, that I’ve taken a lot of influence from. A couple of Eric’s licks find their way into my playing. As an example, I use an eight-note linear phrase, which is played as right-left-right-left-kick, right-left-kick. That, along with a phrase called the ‘3-1-3-2’, which is a triplet phrasing of nine notes played as right-left-right-kick, right-left-right again on the hands, and then finished with two notes on the kick. What I particularly like about this phrasing is that it’s three notes short of resolving itself. So, as a drummer, you’re forced to be creative with those last three notes and finish the sticking – the phrasing – in any way you see fit.
II: Sempre fui um grande fã de Eric Moore, e de bateristas gospel em geral, dos quais recebi muita influência. Algumas batidas de Eric entram na minha forma de tocar. Como exemplo, uso um ritmo linear de oito notas, que é tocada como bumbo direito-esquerdo-direito-esquerdo, bumbo direito-esquerdo. Isso, junto com um ritmo de chamada '3-1-3-2', que é um ritmo triplo de nove notas tocadas com bumbo direito-esquerdo-direito, direita-esquerda-direita novamente nas mãos e depois finalizado com duas notas no bumbo. O que eu particularmente gosto nesse ritmo é que faltam três notas para ele se resolver. Então, como baterista, você é forçado a ser criativo com as últimas três notas e terminar com as baquetas– o ritmo– da maneira que achar melhor.
II: Additionally, I’m a big fan of the standard paradiddle. I use this as a chop starter often, as I feel it’s an organic way to prepare the listener for a slightly busier section within the drums themselves.
II: Além disso, sou um grande fã do Paradiddle Padrão (Standard Paradiddle). Eu uso isso frequentemente como um ponto de partida, pois sinto que é uma maneira orgânica de preparar o ouvinte para uma seção um pouco mais movimentada dentro da própria bateria.
II: I also use the six stroke roll often in various elements of my playing – whether it’s groove- or fill-based. Another song I enjoy playing live is entitled ‘Like That’. This is from our second record. Arguably, the drum parts in that song are, to this day, my favorite that I’ve written.
II: Eu também uso o rulo(Stroke Roll) de seis tempos frequentemente em vários elementos do meu jeito de tocar – seja baseado em groove ou preenchimento(fill-based). Outra música que gosto de tocar ao vivo se chama ‘Like That’. É do nosso segundo disco. Indiscutivelmente, as partes de bateria dessa música são, até hoje, as minhas favoritas que já escrevi.
Interviewer: So, when you’re performing live with Sleep Token, do you try to stay true to the record or are you actually taking quite a few creative liberties in the live set?
Entrevistador: Então, quando você está se apresentando ao vivo com o Sleep Token, você tenta se manter fiel ao disco ou está realmente tomando algumas liberdades criativas no set ao vivo?
II: I would say that most of the parts that I tend to play in a live setting vary drastically to what was tracked on the record itself. This happens for a number of reasons. Sometimes, when I have more time to sit with a finished track, while rehearsing for a tour, I can look at it through a different lens and subsequently come up with a more interesting variation live. On the other hand, these things can happen more naturally and take on a different feel or sticking due to simply playing a certain song for long periods of time across touring. There are, of course, certain parts in each song that must remain true to the original. This could be a syncopated guitar part or even an electronic part on the pads that serves more of a supporting role within the song.
II: Eu diria que a maioria das partes que costumo tocar ao vivo variam drasticamente em relação ao que foi gravado no próprio disco. Isso acontece por vários motivos. Às vezes, quando tenho mais tempo para sentar com uma faixa finalizada, enquanto ensaio para uma turnê, posso olhar para ela através de lentes diferentes e, posteriormente, criar uma variação mais interessante ao vivo. Por outro lado, essas coisas podem acontecer de forma mais natural e assumir uma sensação ou aderência diferente simplesmente por tocar uma determinada música por longos períodos de tempo durante a turnê. É claro que existem certas partes em cada música deve permanecer fiéis ao original. Pode ser uma parte sincopada de guitarra ou até mesmo uma parte eletrônica nos pads de bateria que desempenha mais um papel de apoio na música.
Interviewer: So, who are some of your favorite drummers who have influenced your playing over the years?
Entrevistador: Então, quem são alguns dos seus bateristas favoritos que influenciaram sua forma de tocar ao longo dos anos?
II: When I first started playing, I – like many others in my generation – were heavily into drummers such as Joey Jordison, Matt from the band Mudvayne, as well as the more extreme speed players, such as Derek Roddy.
II: Quando comecei a tocar, eu – como muitos outros da minha geração – gostava muito de bateristas como Joey Jordison, Matt da banda Mudvayne, e também músicos de velocidade mais extrema, como Derek Roddy.
II: I was very much obsessed with the gospel style of playing. I spent most of my early adulthood studying players.
II: Eu estava muito obcecado com o estilo gospel de tocar. Passei a maior parte da minha vida adulta estudando bateristas.
II: Tony Royster Jr., Eric Moore, Thomas Pridgen. Slowing down … Simply slowing down YouTube videos in a feeble attempt to understand their concepts, their stickings and influences. These days, I would describe my playing style as a mixture of that signature Abe Cunningham, Deftones-inspired heavier sort of grooving with a linear style gospel influence.
II: Tony Royster Jr., Eric Moore, Thomas Pridgen. Desacelerando… Simplesmente indo mais devagar os vídeos do YouTube em uma tentativa fraca de entender seus conceitos, suas dificuldades e influências. Hoje em dia, eu descreveria meu estilo de tocar como uma mistura daquele tipo de groove mais pesado, característico de Abe Cunningham, inspirado no Deftones, com uma influência gospel de estilo linear.
Interviewer: So, II, what are some of your favorite Sleep Token songs to perform live?
Entrevistador: Então, II, quais são suas músicas favoritas do Sleep Token para tocar ao vivo?
II: I’ve always enjoyed playing a song from our first record entitled Sundowning called ‘Higher’. The parts in that song have always felt very interactive to me, very fun to play, while maintaining a fair deal of variance across the song itself. In regards to any newer material, I enjoy playing a track called ‘The Summoning’ due to the live addition of a drum solo that gives me a little a little more creative freedom, as well as its challenging feel.
II: Sempre gostei de tocar uma música do nosso primeiro disco, intitulada Sundowning, chamada ‘Higher’. As partes dessa música sempre foram muito interativas para mim, muito divertidas de tocar, embora mantendo uma boa variação na música em si. Em relação a qualquer material mais recente, gosto de tocar uma faixa chamada ‘The Summoning’ devido à adição ao vivo de um solo de bateria que me dá um pouco mais de liberdade criativa, bem como a sua sensação desafiadora.
Interviewer: Well, that’s going to conclude this stream with II from Sleep Token. II, thank you for being here and sharing your insights into Sleep Token’s music. And with that, we’re going to close with some final pieces of music from Sleep Token and I’ll leave this one to II. Take care, everyone!
Entrevistador: Bem, vamos encerrar esta transmissão com II do Sleep Token. II, obrigado por estar aqui e compartilhar seus insights sobre a música do Sleep Token. E com isso vamos encerrar com algumas músicas finais do Sleep Token e deixarei essa para II. Se cuidem, pessoal!
CR:
Transcription English Version, click here
Portuguese translation theforbiddeneden
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sixteenfourblog · 4 months ago
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De repente, todos querem ser Brat
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Quem acompanha a carreira da Charli xcx há pelo menos 10 anos jamais imaginou que um álbum da cantora seria o maior sucesso de 2024. Principalmente em um ano em que Beyoncé, Ariana Grande, Billie Eilish e Taylor Swift lançaram discos. 
O engraçado é que quando falo de sucesso não significa o maior número de vendas digitais e físicas, ou o topo do Billboard Hot 100, muito menos em relação a números de vendas da turnê. Com mais de um mês de lançamento do aclamado álbum, Charli ainda é a 116º entre os artistas mais ouvidos no Spotify. Mas como o comportamento brat se tornou uma força imparável entre o público?
Contexto sobre a carreira da Charli 
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Primeiro é importante mencionar a base do público de Charli: A comunidade LGBTQPIA+. Cantoras nichadas, por não serem A lists e estarem longe do status de popstar, sempre contam com o apoio da comunidade em seus lançamentos e Charli sempre foi uma artista que abraçou a causa - toda diva pop que se preze tem como sua grande fanbase a comunidade LGBTQIAP+ diga-se de passagem - e esse apoio leva artistas como Charli para um patamar de incompreendidas pelo público geral, amada de verdade por poucos.
Um segundo motivo do sucesso do Brat, vem da peculiaridade da música de Charli. Os maiores sucessos da sua carreira até então aconteceram em 2014, Fancy com Iggy Azalea - passou 7 semanas em #1 na Billboard - e Boom Clap - trilha sonora de A Culpa é das Estrelas. De lá para cá, Charli podia ter feito sua carreira como uma artista em busca do estrelato, surfar na onda do gênero do momento - Roar de Katy Perry e Shake it off de Taylor Swift eram os maiores sucessos naquela época - mas em 2016, indo contra as vontades da gravadora Charli lança o EP Vroom Vroom de forma independente, produzida pela “mãe” do hyper pop, Sophie. A música teve uma recepção mista, com algumas pessoas torcendo o nariz pelo instrumental de sintetizadores, mas a crítica já falava que ali um novo momento do Pop estava sendo surgindo. Desde então, o hyper pop ou pop experimental ganhou um novo público e se tornou um movimento entre os apreciadores de música pop/eletrônica. O gênero se distanciava do EDM produzido pelos Djs do momento, e se afastava do pop mainstream feito pelas divas pop.
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Desde então, Charli e suas parceiras C-lists na indústria continuavam trilhando seus caminhos longe do grande público. Tove Lo, Caroline Polachek, Arca e Marina são algumas das colegas de escanteio da indústria musical que acompanhavam Charli. Até que 2024 chegou.
O início de um movimento
Não há como resumir o que é o fenômeno Charli xcx e o que ela causa entre os admiradores da música alternativa, o Brat chegou agora para o grande público, mas na verdade ele sempre esteve presente esperando o seu momento de romper a barreira entre o comum e o rebelde. A forma de se vestir, agir e pensar Brat vão contra o que a sociedade “normativa” pede. O ano de 2023 foi o ano de Taylor Swift e suas músicas sobre ser uma mulher que o maior desafio de sua vida é superar o ex, o ano do feminismo branco de Barbie e a “celebração” da masculinidade sem graça de Harry Styles. Os transgressores queriam algo diferente, queriam sair do esconderijo que a heteronormatividade chorosa os força a seguir.  Então, Charli anuncia seu novo álbum e que a capa do disco seria um verde, com o nome em fonte Arial em uma qualidade reduzida.
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A capa causou controvérsias, ela era muito simples e esteticamente estranha. Mas a cantora britânica explicou que estava cansada da sociedade cobrar a utilização dos corpos de mulheres e que queria algo simples, mas impactante. A cor verde foi a maior aposta da era, o que me deixou um pouco saudosista, pois é a cor oficial do NCT, mas ela utilizou do que pode para mover um público. O Interessante é que eu não fazia ideia de como essa antecipação pelo álbum tomou força. O primeiro single lançado, Von Dutch, foi marcado pelo seu clipe agressivo e a câmera em movimentos dinâmicos. Charli briga com o público que a persegue, com a fama e como se sente cassada pelos holofotes. A música ganhou uma nova repercussão após o remix com Adison Rae, o que era bem incomum mas funcionou. Foi o suficiente para viralizar e até Lady Gaga utilizou a música para fazer um tik tok. Aos poucos o movimento brat tomou forma, as pessoas que estão no círculo de Charli também tiveram peso. No clipe de 360 ela reúne Gabbriette Bechtel, Julia Foxx, Rachel Senot, Alex Consani e até Chloe Sevigny para mostrar o que é ter atitude de It girl. O principal sentimento? Não se importe com nada. 
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Nesse texto, não há como não falar de Taylor Swift e Matt Healy. A relação estranha entre os dois foi um grande alvoroço quando foi lançado o TDPD pois era o tema central do álbum da loira. Bem, eu não gosto do Matty por suas atitudes problemáticas mas uma coisa que mexe com pessoas é o saudosismo com o que uma banda já foi, e o 1975 já foi uma grande referência do rock alternativo, e até hoje ainda continuam levando multidões de fãs para shows e para defendê-los na internet. E o que 1975 tem relação com Charli? Ela é noiva do baterista da banda, George Daniel. Um pouco antes do Brat ser lançado, vazou a letra de Sympathy is just a Knife e em uma estrofe Charli canta “Don't wanna see her backstage at my boyfriend show.. Cause I can't be her even if I try” e os swifties já especularam ser sobre Taylor. Eu acho que não é, mas as letras do álbum são tão pessoais que não tem como não associar a acontecimentos reais. 
Dinheiro não significa sucesso
Ainda falando da loira da Pensilvânia, é engraçado que sua turnê e as várias versões do álbum não foram suficientes para causar uma comoção entre o público, bem, na verdade teve, porém com o efeito contrário. Público e crítica não gostaram do álbum, seja da mesmice sonora, seja das letras rasas ou da estranheza em dedicar um álbum para um cantor que a maioria dos fãs nem gosta. Não só Taylor, mas Beyoncé também lançou um álbum, com a proposta country e um vocal poderoso, Cowboy Carter tinha tudo para ser tão grandioso quanto Renaissance, mas a recusa da cantora em se divulgar faz o movimento enfraquecer. Mas sem clipe não dá né.. Ariana Grande era outra concorrente forte para trazer um álbum mainstream, seus discos anteriores tiveram uma sucessão de hits mas o Eternal Sunshine - apesar de eu gostar muito - não chegou a fazer tanto sucesso, também pela recusa da cantora em se empenhar na divulgação de disco (me dói falar isso pois tivemos 3 clipes bem produzidos e algumas performances ao vivo). E por fim, uma cantora que iria bater de frente com o poderio de Taylor nos charts: Billie Eilish. Apesar de ter amado o Hit me hard and soft e ter achado incrível como as músicas nada convencionais viralizaram, acho que algumas pessoas esperavam muito da divulgação da cantora, mas não acho que ela prometia muito. Sim, Billie poderia ter se dedicado mais nos clipes - que considero sim ainda muito importantes na indústria - mas fez produções fracas. Mas tudo bem, elogiando ou não, todo o marketing da Billie parece algo genuíno que ela quer fazer. Até lançar o álbum de graça no soundcloud ou ir para a Coreia do Sul divulgar o álbum.
Ser brat é pertencer a algo
Um dos símbolos da Era foi a Brat Wall, uma parede verde no meio de Los Angeles com a palavra Brat no meio foi o suficiente para deixar as pessoas em polvorosa. Ela subiu em cima de um carro e com uma caixa de som reuniu centenas de pessoas. Nem os fãs mais positivos iriam imaginar o tamanho da repercussão que esse álbum chegaria.
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Minha aposta? é que após o fracasso nas críticas com o álbum de Taylor Swift, os haters (e até quem gosta da cantora) estavam querendo o anti-loirismo. Essas pessoas queriam se distanciar da estética clean de Taylor, os seus shows lotados de crianças inclusive já foram motivo de uma controvérsia com Charli. Os gays e as mulheres do movimento brat queriam se libertar da mesmice da cantora da Pensilvânia e meio que tudo podia ter dado errado, até que o Brat foi lançado e as críticas aclamaram como o melhor álbum do ano.
Um dos motivos para tornar as músicas tão icônicas, é a sinceridade. Charli disse que queria escrever o álbum como se fosse um diário, uma conversa com amigos. E de fato em boa parte das letras você ouve os pensamentos mais sinceros da artista, que confessa ter inveja de outras pessoas, que têm insegurança sobre sua carreira, que se sente culpada após a morte repentina de sua amiga Sophie e até dá vontade de ser mãe - que logo passa pois ela quer mesmo é ser uma party girl. Essa clareza com que Charli fala dos seus sentimentos demonstra uma artista que está no topo mas ainda é humana. Não são sentimentos fabricados nem mascarados para render entretenimento, é sobre a vida dela e a honestidade em ser falha.
De todo modo, parece que ser Brat se tornou uma tendência. A Charli não é mais C-list e se tornou uma forte concorrente para o Álbum do Ano no Grammys do ano que vem, todo mundo quer estar relacionado a ela ou ser ela - Camila Cabello e Katy Perry - e fracassam. Acho que nunca vi algo tão orgânico como a equipe de Kamala Harris se associar a cantora para se promover como candidata a presidente. 
Minha aposta é que esse movimento não vai deixar a Charli extremamente famosa como Lady Gaga ou Taylor, daqui um tempo a massa se desfaz, outra cantora surge, outra estética se torna o alvo e quem de fato é “alternativo” vai continuar sendo, quem se apropriou do momento vai continuar sendo maleável. Mas uma lição que fica é que autenticidade ainda é a maior publicidade que alguém pode ter e que não é por que você não se tornou grande antes, que você nunca vai conseguir chegar ao topo, e o principal, sendo você.
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Nota: Tenho consciência que não comentei sobre I love it, que foi um sucesso com o duo IconaPop nem os demais álbuns da Charli, que tiveram alguns sucessos nichados como Break the rules, Boys e 1999.
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linyarguilera · 9 months ago
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Inteligência Artificial - devemos temê-la ou abraçá-la?
Embora a Inteligência Artificial tenha ganhado maior notoriedade na pandemia, sua construção data de muitos anos antes, e mesmo que em 2022 e 2023 o Chat GPT, Inteligência Artificial do tipo MLL, ou seja, considera palavras e frases complexas, mas as IAs são parte de nossas vidas há anos, estamos acostumados ao Google Assistente, à SIRI, e outras mais, como o Gemini Google Deep Mind, por exemplo.
Como toda tecnologia nova e pesquisa, é preciso que a mesma passe por um comitê de ética, de modo algum a ciência deve ser feita para causar danos aos seres humanos e demais seres vivos no planeta Terra, foi por isso que  a União Europeia em 2023 criou leis que colocam limites nas Inteligências Artificiais. Conduzir um carro sem antes passar por uma autoescola pode ser muito  perigoso, mas se você conhece como funciona a condução do carro e as leis de trânsito, e sendo um bom condutor ou condutora dificilmente causará danos em trânsitos, e o mesmo se aplica à Inteligência Artificial.
Definir o que é Inteligência Humana ainda é muito complexo, portanto ainda não há uma definição unânime do que é ser uma Inteligência Artificial, embora a criatividade seja a combinação de um conjunto de ideias que resultam em algo para o ser humano, e mesmo que as IAs consigam juntar milhares de informações, estas ainda não chegam ao patamar humano, são muito mais especializadas, e portanto não tem autorregulação como assombra os pensamentos de muitos futuristas menos otimistas com as novas tecnologias.
Atualmente um dos maiores medos da humanidade é a perda de emprego para as máquinas automáticas, no entanto faz-se importante salientar que, com o surgimento de novas tecnologias surgem novas necessidades de mão de obra, assim como o mercado não muda mas transforma junto das necessidades humanas. Vejamos por exemplo como o surgimento dos telefones, mesmo não havendo mais a necessidade de mensageiros, surge aí o papel de telefonistas, o semelhante vem para a implementação das Inteligências Artificiais, em que surgirão novos empregos, novas funções, mais serviços para programadores e criadores digitais, e outros mais por trás dos algoritmos.
Há anos só podíamos pensar em músicas com instrumentos analógicos, mas hoje temos grandes hits como o DJ Alan Walker com músicas eletrônicas, isso não baniu outras formas de músicas, muito pelo contrário, trouxe inovações. O Homo sapiens tende a temer o que não compreende, por isso torna-se tão importante que a sociedade conheça e interaja mais com as mais variadas formas de Inteligências Artificiais.
O mau uso das IAs pode sim trazer danos, mas seu bom uso pode trazer melhoras na saúde, na precisão de diagnóstico, liberar tempo de qualidade ao ser humano para atividades mais criativas, e melhora na qualidade de vida, ajudar no combate às mudanças climáticas, ajudar nas mudanças climáticas, automatizar atividades insalubres ao ser humana, atuar na segurança, e claro, criar novas formas de empregabilidade e ajudar a humanidade em suas comunicações para seguir o melhor caminho enquanto ser vivo.
A: Celiny Aguilera
Dissertação preparada para a atividade 1.2 do curso Inteligência Artificial Aplicada À Visão Computacional
QualiFacti
03/03/2024
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blogaocaos · 19 days ago
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Muriel em: acima de qualquer gênero
Pedro Muriel é vocalista do duo Two Internet Ghosts de São Paulo. Ele fala sobre o projeto, literatura, pseudômino e sua relação com a cidade.
por Mars
O que você anda fazendo ultimamente?
Me desesperando com a incerteza do futuro e dançando nas mãos suadas e escorregadias do desejo como se fosse um ringue de patinação no gelo. Você tem um público bastante fiel no projeto 'Two Internet Ghosts' ao lado do visionário Vítor Marsula, que já entrevistamos por aqui. Como e quando vocês decidiram criar juntos?
A gente se conheceu em 2014 há quase 10 anos atrás e viramos amigos desde então, quando meu primeiro projeto acabou não dando certo mais fiquei bem perdido e quando o 2IG (Two Internet Ghosts) tava crescendo ele entrou no projeto, que se tornou 3 pessoas e voltou pra duas, somente ele e eu.
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A canção 'Mr Lawrence' teve um grande alcance, não só na cena eletrônica paulistana, como também pra fora do país. Você sabia que iria ter um alcance tão grande com ela?
Eu acreditava sim no potencial da música, mas não imaginava que daria partida pra uma confiança maior no nosso trabalho e no início de um reconhecimento maior, eu diria que quando você acaba tanto tempo sem ninguém saber o que você faz bem, quando as coisas começam mesmo que engatinhando, se torna uma questão de não tirar o pé do acelerador e não perder a confiança. Você faz shows em muitos lugares em São Paulo, em seus últimos shows você tem cantado músicas inéditas; Vem algum projeto a caminho? O que podemos esperar dos próximos passos ao lado de Vitor?
Nosso próximo projeto é a continuação de 'Persona Non Grata' (de 2023), o projeto chama 'Mea Maxima Culpa' e assim como o ultimo, é composto pelas músicas que temos trabalhado nos últimos 4 anos, algumas que não entraram no 'Persona' e algumas bem mais recentes que criamos esse ano mesmo.
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Comparado aos projetos iniciais do 2IG seu som parece mais denso e seus vocais ressoam quase como um tenor. Você tem se sentido mais confiante em relação ao seu trabalho ou acredita que seja uma amadurecimento?
Meu trabalho músical sempre foi meio que no improviso e eu acabei aprendendo a cantar ouvindo as pessoas que eu gosto, uma amiga minha brincou esses dias que eu sou que nem o Frank Sinatra num beat da La Roux e eu morri de rir, eu acabei projetando minha voz bastante no Ian Curtis do Joy Division quando eu comecei com 17 anos, mas hoje em dia com mais técnica eu consigo ver como o Frank talvez seja algo similar pra mim haha A canção 'Citadel' conta com 2 versões incríveis de Votú e Eutanasia; Você poderia nos contar um pouco sobre a história dela?
'Citadel' é meio que um conjunto todo de ideias que se iniciaram baseadas num conceito de 'Half Life 2', a citadela do jogo é um prédio enorme em que os alienígenas que dominaram a terra experimentam com nossos corpos e etc, eu meio que queria falar sobre São Paulo vendo a cidade como um ambiente opressivo como esses.
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Através de suas redes é perceptível que você é um grande amante da música pop, você se imagina indo para um lugar mais pop em sua música?
Talvez com outro nome, já pensei bastante nisso e já pensei em escrever pra outros artistas também, eu diria que o Two Internet Ghosts pode ser pop, as vezes só é dançante, e as vezes é o inverso disso. A gente tenta não se limitar muito e só deixar a música falar acima de gênero, mais ou menos como eu vivo minha vida também. Acompanhando suas redes, é nítido o quanto você tem bastante repertório. Quais seriam suas maiores influências literárias?
"Perfume" de Patrick Suskind, "A Idade da Razão" de Jean Paul Sartre, vários trabalhos em geral do Albert Camus e da Clarice Linspector, Arthur Rimbaud que me persegue desde a adolescência, e "Morte em Veneza" do Thomas Mann.
Grande parte de suas composições são em inglês, nós podemos esperar algum dia um projeto em português? Eu infelizmente fui uma criança e um adolescente que consumiu MUITO a língua inglesa e só comecei a me interessar mais por música e literatura brasileira na adolescência, por conta de pobreza mesmo acabei aprendendo inglês sozinho por conta da leitura e acabei começando a escrever em inglês por isso. Acho a língua portuguesa super complexa pra literatura e poesia no sentido de ter bastante medo de soar piegas ou não achar melodias que encaixem o que eu quero dizer sem ter que fazer muitas concessões…. Eu escrevo em português quando sinto que é o momento e quando eu tenho algo a dizer diretamente na minha língua.
Mesmo com o 2IG sendo um projeto seu já concreto ao lado de Vítor Marsula, você sente interesse em assinar um pseudônimo em outro projeto com outras sonoridades?
Nos últimos dias tenho voltado a pensar a pintar e assinar mais trabalhos visuais com o nome Muriel Burial, e pretendo usar o mesmo nome pra projetos fora do 2IG.
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Muitos artistas vão por um caminho mais óbvio na hora de escrever e você parece ir contra as “regras” e "fórmulas". Isso é proposital?
Eu tento escrever bastante sobre o que eu tenho sentido e vivido, mas normalmente todo esse texto é criado longe do estúdio e quando vou musicar acaba saindo muito pesado, não pesado no sentido emocional (as vezes sim), mas eu notei que o jeito que eu escrevo musicalmente acaba funcionando mais de uma forma mais esporádica e espontânea, às vezes um filme que vi na semana ou uma noticia que li acabam fazendo eu pensar numa letra toda em 5 minutos ouvindo um trecho de uma melodia e acaba sendo melhor do que passar 3 dias escrevendo.
Quais são as maiores dificuldades que você enfrenta enquanto artista e pessoa na cidade São Paulo?
Viver aqui num ambiente tão aberto pra artista mas tão artisticamente inabitável se você não é de classe alta é o principal. O resto a gente resolve com muito teatro.
Muriel, você se considera uma pessoa religiosa? Como você constrói sua fé?
Vejo a religião de uma forma mais cultural e antropológica, eu não me acho cético, talvez cínico, quando o juízo final chegar eu me resolvo.
Se você pudesse mudar UMA coisa no mundo, qual seria?
Muitas coisas complicadíssimas que eu poderia dizer mas a gente pode começar com proibir cardápio em QR Code.
ENCONTRE: spotify | instagram
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100discos2024 · 1 month ago
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#33 - 25/10/2024: Chappell Roan - "The Rise and Fall of a Midwest Princess" (2023)
A cantora do Missouri estreia com um álbum pop muito bom. Entre as batidas eletrônicas, há um pé na música do Meio-Oeste em canções como "Coffee" e "Pink Pony Club". Outras boas: "HOT TO GO!" e "After Midnight".
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naoehalara · 7 months ago
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Passado o frenesi da primeira escuta, aqui estão 13 músicas marcantes — para o bem ou para o mal — do novo álbum de Taylor Swift
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Imagem: Reprodução/Instagram
Não é novidade que o nome de Taylor Swift, um dos mais mencionados da atualidade, divide opiniões. Produto que dominou o mainstream mundial no ano passado, a cantora da Pensilvânia entra e sai de bocas e corações tanto quanto gosta de mudar de facetas e criar personagens em diferentes eras.
Com imagem desgastada depois do ápice de se tornar pessoa do ano da Forbes em 2023 mesmo depois de polêmicas envolvendo a passagem pelo Brasil, Swift lançou, no último dia 19 de abril, o álbum duplo The tortured poets department.
Nota 6 pela Pitchfork, o disco logo caiu nas más críticas da internet por conta de letras e sonoridades. Até mesmo os próprios fãs pareciam desapontados com a entrega lírica da loirinha e os arranjos repetitivos e entediantes do amigo e produtor Jack Antonoff.
Não demorou muito, porém, para que histórias por trás de canções dessem nome a poetas torturados. Exatamente quatro minutos após o lançamento do álbum — que possui pouco mais de uma hora de duração —, a People publicou matéria longa e detalhada sobre "tudo que Taylor Swift aparentemente revela sobre o relacionamento com Matty Healy [vocalista da banda The 1975, com quem a cantora teve breve affair durante a primavera do ano passado] no Tortured poets department".
Todas as fofocas, como o fato de Swift e Healy se conhecerem e terem sido relacionados em diversos momentos desde 2014, encontraram terreno propício em plataformas como Twitter e TikTok e aparentemente preencheram o que quer que estivesse faltando para que o disco começasse a ser bem falado pelos curiosos de plantão e por quem deu a ele a chance de uma segunda escuta.
Passado, pois, o frenesi das semanas de estreia e de todas as teorias acumuladas por fãs que reviram linhas do tempo por trás de palavras ou frases, decidi trazer as músicas que mais me marcaram pelo simples conjunto da obra, ou seja, as piores e as melhores composições dentre as 31 presentes no Tortured poets department.
A começar pelas piores, não é difícil encabeçar a lista com a faixa-título. Diretamente do departamento dos poetas torturados, Taylor produz frases sem sentido ou com sentido ultrapassado numa máquina de escrever nada atemporal. O clichê se-não-é-eu-quem-vai-fazer-você-feliz seria sustentável se não estivesse rodeado por frases indecifráveis como "eu ri na sua cara e disse 'você não é Dylan Thomas, eu não sou Patti Smith; isso não é o Chelsea Hotel, somos idiotas modernos'". Entendemos, sim, por meio de matérias patrocinadas ou serviço voluntário feito por fãs, que ela compõe para o torturado Matty, mas, se só ele for capaz de entender metáforas íntimas presentes numa letra pobre como essa, fica difícil que haja alguma conexão ou apreço por parte das outras quase 113 milhões de pessoas que a escutam mensalmente no Spotify, que vão achá-la apenas estúpida. O ritmo marcado e chato não ajuda em nada na vontade de escutar essa música por uma segunda vez. Na verdade, na primeira, tive que parar antes da metade depois da segunda estrofe. Sabe quando, durante uma leitura, você precisa fechar o livro, fechar os olhos, respirar fundo e se recuperar depois de uma fala ou uma ação do personagem que te fez sentir vergonha por ele a ponto de não ter condições de continuar a trama imediatamente? Foi isso que senti ao ouvir "coço sua cabeça, você dorme como um Golden Retriever tatuado".
Seguindo a lista de menções horrorosas, simplesmente não entendi o propósito musical da eletrônica I can do it with a broken heart. Se o propósito lírico era fazer alguma referência a como a cantora conseguiu manter a turnê Eras de pé mesmo depois de término de namoro de seis anos e de tristezas pelas quais passou durante as apresentações, como a morte de uma fã no Rio de Janeiro, a estética discoteca faz tudo parecer brincadeira de mal gosto. A impressão que o conjunto dessa música passa é a de adição de último minuto, com fundo musical que já estava pronto sobre o qual Taylor foi soltando desabafos coletados em gravador durante uma sessão de terapia. E, ah, para rimar, pode colocar que "ele me evita como a praga". Forte concorrente a ME! para pior da carreira.
The alchemy não é de todo ruim, pois Antonoff acertou em trazer melodia descarte do Lover para ser pano de fundo da nova história de amor de Taylor Swift, que atualmente namora o tight end dos Chiefs de futebol americano. Mas a letra, em geral, destoa da frase principal, que combina bem com a canção e que poderia muito bem ter sido continuação de The archer ou Daylight, mas não combina nada com as frases com que é complementada, como "ei, você, e se eu te dissesse que nós somos legais?", e deixa a desejar. O que alquimia tem a ver com touchdowns e troféus? Uma adição para que o atual Travis Kelce não se sentisse esquecido em meio a tantas canções sobre o ex Healy, mas, bem, se ele só souber se comunicar por termos do esporte, como a música, acho provável que ele nem tenha percebido.
Se The alchemy é descarte do Lover, o fundo musical de imgonnagetyouback veio direto de sobra do Midnights. Apesar disso, porém, e apesar de fazer referência no título à famosa Fallingforyou, do The 1975, acho que nem Olivia Rodrigo seria capaz de fazer uma combinação como "independentemente de eu ser sua esposa ou destruir sua bicicleta, não decidi ainda, mas euvouteterdevolta".
Rápido, rápido, se Taylor fosse me dizer algo péssimo, como se ela fosse uma poetisa presa no corpo de um cara do financeiro, ela me cantaria I hate it here. Apesar de, como ela, eu querer constantemente fugir para um lugar "sem esperanças de cidades médias e medos de cidades pequenas" e odiar onde estou agora, também odeio essa música. E nem é pela frase polêmica que logo fez casa no Twitter, em que ela diz que gostaria de viver em 1830 sem racistas e casamentos por dote, porque ela mesma desfaz o pensamento na estrofe seguinte. É só que é ela é chata mesmo. Não tem outra palavra para usar. Sabe aquela pessoa que, em uma roda de amigos, começa a falar e não para mais, sem deixar brechas para diálogos? Agora adicione melodia monótona ao fundo e tom de voz que exala coitadismo e você terá este monólogo em que Swift parece estar correndo para acompanhar o ritmo com todas as palavras que quer usar para descrever a tristeza que sente.
Para finalizar, The manuscript é também forte concorrente a pior de todas. Acredito que, para a pessoa a quem ela se dirige nesta música, seja Healy ou Alwyn ou Gyllenhaal, remorso ou algum sentimento de tristeza podem até vir, mas para nós, meros ouvintes, que não passamos por nenhum desses detalhados diálogos ou acontecimentos — ainda bem —, só vem mesmo vergonha. Espero que ela tenha retirado esse roteiro de alguma fanfic escrita por uma garota precoce de 12 anos, porque é um pouco preocupante que "eles compararam as carteiras de motoristas; ele disse 'não sou doador, mas daria meu coração se você precisasse'; ela rolou os olhos e disse 'você é profissional'; ele disse 'não, apenas um bom samaritano'" e todas as outras estrofes tenham sido escritas por uma mulher de 34 anos.
Partindo para as melhores, My boy only breaks his favorite toys estreia de maneira certa o poder de analogias deste álbum. Por entre "os mais doentios soldadinhos comprados no shopping", a rainha dos castelos de areia destruídos despeja lágrimas-riacho sobre o sorriso de plástico ao ser devolvida para a prateleira. "Mas você deveria tê-lo visto quando ele me ganhou" reflete e critica bem, com ironia ácida da brincadeira, um discurso machista de eternizar homens em garotos que machucam porque gostam demais, que tratam pessoas como coisas e as quebram quando "se assustam" ou simplesmente as deixam de lado quando se cansam. Ainda, como nós, mulheres, fomos tantas vezes convencidas a consertar a nós mesmas sozinhas, não para nosso próprio bem, mas para que aquele que nos tirou da caixa sentisse nossa falta e, a uma palavra dele, estivéssemos prontas para brincar novamente — porque, puxe a cordinha da boneca machucada e ela lhe dirá, ele foge porque a ama.
Fazendo jus à consagração das faixas número cinco, So long, London é relato emocional forte, sentimental e sério de uma mulher cansada. Londres, terra de Joe Alwyn e Matty Healy, é destinatária desta carta chorada de despedida. Diferente dos monólogos de terapia dificilmente decifráveis mencionados anteriormente, o aperto que deixa os nódulos das mãos brancos de tanto segurar firme um ressentimento silencioso da outra parte é facilmente identificado por alguém cuja coluna tenha se partido devido ao peso de carregar dois corpos em um relacionamento — ou por quem tenha presenciado mães, tias, avós — por tanto tempo — so long. "O quão baixo você achou que eu iria antes que eu me implodisse, antes que eu fosse ser livre? [...] Adeus — so long —, Londres."
O conjunto musical consagra a magistral Who's afraid of little old me? Longe de parecer ter a letra jogada por cima de fundo musical pronto, a mensagem aqui é tão forte e parece vir tão de dentro, que comanda toda a banda de forma tão orgânica quanto poderosa. A trama meio Vanessa Lopes no BBB — "Então me diga que nem tudo é sobre mim, mas e se for?" — dá lugar à garganta calejada que grita que deveriam, sim, ter medo daquela a que treinaram com tanto ódio. Parece que ela acertou na quantidade de narcóticos colocada nesta, pois, incomparavelmente, é não só uma das melhores do álbum, mas premia o Tortured poets com uma das melhores da carreira.
Versão mais pessoal e mais trágica de The lakes, How did it end? junta palavras difíceis mas não sem sentido. Este post-mortem é autópsia conduzida para tentar entender e explicar o motivo de óbito de um relacionamento, e é até difícil de ser traduzido: "He was a hothouse flower to my outdoorsman", e, com o tempo, "um toque que era direito meu de nascença se tornou estrangeiro". Será que fomos vítimas de olhares intrusos, meu amado fantasma e eu, "sitting in a tree, D-Y-I-N-G"?
Peter é desabafo doloroso e deliciosamente escrito. É fácil sentir cada palavra que o eu-lírico Wendy chora: "Você disse que iria crescer e depois viria me encontrar". Todos nós sentimos o luto da mulher à janela, por cada coisa e pessoa que perdemos ao longo do caminho e nunca teremos de volta, mesmo que esperemos por tanto tempo. Uma hora temos que apagar a luz, mas isso não faz com que esse adeus à esperança e a promessas não cumpridas seja menos dolorido. Mais uma vez, a analogia de conto-de-fadas apenas complementa a poética.
Os simpatizantes do Tumblr como eu com certeza já se depararam com o poema em que Jessica, que tem uma cicatriz do fundo de uma piscina na testa, responde que "nem tudo se parece com alguma outra coisa" quando perguntada sobre como é a sensação de afogamento. Foi nisso que pensei quando escutei The bolter. Apesar de a analogia ser quase a mesma, já que a personagem da canção também quase se afogou quando pequena, o sentido é contrário: tem coisas que só podem ser compreendidas se comparadas a outras. A sensação de liberdade ao fugir do controle de relacionamentos, por exemplo, é compreensível aqui se associada à liberdade da vida após uma quase morte. Tem algo de muito poderoso sobre essa comparação e sobre a forma como ela é cantada ao fim dos refrões.
Como bônus, não poderia deixar de mencionar a colaboração com Florence + The Machine. Ecoando todos os reels de frases que deixam millenials e a geração Z mais aflitos do que reconfortados por se encontrarem perdidos entre "amigos que cheiram a maconha ou a bebês pequenos", Florida!!! poderia muito bem ser sinopse de um livro da Sally Rooney. "Mal sabia você que sua casa é na verdade só uma cidade em que você é apenas mais um convidado, então você dá sua vida trabalhando só para pagar por uma propriedade compartilhada em Destin, Flórida." Se eu pudesse usar Flórida — o que seria nossa Flórida? Bahia ou Rio de Janeiro? — como droga, talvez não ficasse tão angustiada ao ver colegas se casando e tendo filhos enquanto escrevo sobre Taylor Swift.
Além dessas, Guilty as Sin? e The profecy merecem menções honrosas.
Apesar de todas as críticas, do 6 da Pitchfork, fofocas patrocinadas na People, vergonha que sinto por alguns fãs e por alguns versos, meu saldo do Tortured poets department é bastante positivo. Depois de fechar o livro, fechar os olhos, respirar fundo, e dar segundas, terceiras e quartas ouvidas, descobri neste departamento cheio de máquinas de escrever e analogias um ambiente muitíssimo favorável ao transporte para uma dimensão interior. Talvez sejam os narcóticos colocados nas músicas, mas, se Folklore tem premissa de fugir do mundo real, TTPD — tirando exceções como as piores mencionadas — é bem-sucedido em levar a viagem profunda para dentro de si mesmo. E é por isso que ainda estou cantando junto.
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effywrt · 8 months ago
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A Festa na Mansão Era uma noite de outono em 2023, e a mansão estava iluminada por luzes cintilantes enquanto a música pulsava no ar. A festa que ocorria ali prometia ser uma das mais inesquecíveis da temporada. Ao chegar, fui recebida por um imponente porteiro de terno preto e sorriso amigável. Ele me indicou a direção da mansão e ao cruzar a porta, fui envolvida por uma atmosfera vibrante. O salão principal era deslumbrante, com lustres brilhantes que refletiam nas paredes decoradas com obras de arte. Cumprimentando os convidados com sorrisos e abraços, percorri o espaço admirando as pessoas elegantemente vestidas. Roupas extravagantes, joias reluzentes e risos contagiantes preenchiam o ambiente. Pistas de dança foram montadas em diferentes partes da mansão, convidando as pessoas a se divertirem. Enquanto explorava a festa, deparei-me com uma mesa cheia de deliciosos quitutes. Canapés finamente elaborados, sushi fresco e champanhe borbulhante pareciam ter um encanto irresistível. Perdi-me em uma conversa animada com outros convidados enquanto saboreava essas iguarias. A música contagiante fazia com que até os pés mais tímidos se movessem no ritmo. As batidas vibrantes preenchiam o salão, e as cores das luzes piscantes criavam uma atmosfera energética e eletrizante. As pessoas dançavam com graciosidade e entusiasmo, esquecendo-se de todas as preocupações. Enquanto a noite avançava, alguns convidados se aventuravam pelas vastas áreas externas da mansão. Ali, um jardim meticulosamente cuidado proporcionava um cenário romântico sob o luar. Risadas e conversas sussurradas pairavam no ar enquanto alguns casais se desvencilhavam do resto da festa em busca de momentos de intimidade. A festa atingiu seu ápice quando um famoso DJ assumiu as picapes, animando ainda mais a multidão. As batidas eletrônicas pulsavam através de cada pessoa, criando uma sinergia coletiva que parecia elevar o espírito de todos. O êxtase era quase palpável em meio aos sorrisos radiantes que revelavam a verdadeira essência da celebração. Enquanto o sol surgia no horizonte, dando sinais de um novo dia, a festa começava a se acalmar. Os convidados se despediam com abraços, trocas de contatos e juras de reencontro em futuras ocasiões. Já na saída, olhei para trás, capturando uma última imagem da mansão majestosa e prometendo a mim mesma que aquela noite jamais seria esquecida. Foi assim, em meio a risos, danças e sorrisos, que a festa na mansão se tornou um capítulo inesquecível na história das festas da alta sociedade da cidade. Eram memórias preciosas que levarei comigo e me farão sorrir sempre que eu pensar nessa noite mágica.
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fabioperes · 10 months ago
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ANGELPLAYA & T-Mass - FAVHELLA (feat. Mc Guidanny) Lançamento 2023 [NCS Release] #shorts Olá pessoal trago umas boas músicas eletrônicas para vocês curtirem e relaxar ouvindo uma boa música eletrônica no final de ... via YouTube https://www.youtube.com/watch?v=m1t-oZ5tPuo
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baeksu-krp · 11 months ago
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CHEERS!!!
UMA DAS MAIS FAMOSAS FESTAS DE ANO NOVO DE SEUL, A LOUD NIGHTCLUB abre suas portas no dia 30 de Dezembro para a CHEERS!
Uma das mais famosas festas de final de ano da capital sul-coreana finalmente tem sua data anunciada!
Com ingressos disputados, todos querem ter um lugar nessa comemoração e nesse final de 2023, a LOUD contará com os principais nomes da indústria eletrônica, como DJ MOOS, Raiden, Miso e HYO. Todos estão animados para mostrar suas melhores músicas!
A casa também trará de volta o famoso drink French 75, suas margueritas de champagne e o delicioso Colletti Royale. E, além dessas deliciosas combinações, ainda oferecerá todos os demais drinks de seu menu.
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A festa está programada para começar às 21h, com término às 6h! Muito tempo para comemorar a chegada de 2024!
Os ingressos estão sendo vendidos na portaria.
Pista: ₩ 40.000 Camarote: ₩55.000 (Open Bar + Open Food).
Nos vemos na festa!
BE LOUD!
NOTAS OOC:
Evento organizado pela querida ooc Bongcha
O evento acontecerá amanhã, dia 30/12, no canal da loud no discord
As interações estão liberadas a partir das 21h
Aproveitem a última festinha de 2023 e nos esperem pra muito mais em 2024!
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ambientalmercantil · 1 year ago
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jhvs2020 · 1 year ago
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Música eletrônica as melhores 2023
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blogaocaos · 3 months ago
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YELL em: além dos galhos de uma árvores
YELL �� artista do Maranhão, que vem lançando suas músicas na internet desde 2023. Com fortes influências da música eletrônica, ele explora camadas e mais camadas de diferentes estilos, sem se prender a um único gênero. Seu primeiro EP ‘Neon Dream’ foi lançado em janeiro e é uma explosão de criatividade.
por Flecha Kabal
Que alegria te ter aqui. Acho você, sem dúvidas, um dos nomes mais potentes e interessantes da cena que está borbulhando no Brasil. Como esse projeto nasceu e quais são as suas referências?  Que honra é poder estar aqui debatendo um pouco da minha arte e trabalho com um artista que admiro tanto e um grande amigo que a arte me apresentou. É curioso estarmos falando sobre o ‘Neo Dream’, quando li sua carta sobre o que te motivou a criar esse projeto de entrevistas vi que passamos por coisas muito parecidas, quando eu estava trabalhando o lançamento do EP sentia que finalmente estava com um trabalho à altura do que estava sendo ouvido e noticiado no circuito comercial, e após inúmeras tentativas falhas de conseguir qualquer espaço dentro dos veículos que supostamente cobrem a arte independente, percebi que precisaria de muito mais do que apenas “boa música”... Muito obrigado não só pelo convite, mas pela iniciativa de criar um projeto tão importante para nós artistas que só queremos um espaço para contarmos nossas histórias. Fico grato também aos elogios, realmente estamos com uma cena fervendo aqui no Brasil, especialmente na eletrônica que é o meu nicho, é maravilhoso dividir espaço com artistas incríveis e que tenho o prazer de tê-los como amigos, não é fácil fazer o tipo de música que fazemos aqui, são muitas incertezas de um futuro, mas estamos juntos construindo uma estética sonora totalmente sincera com aquilo que acreditamos. Sobre as minhas referências e o nascimento do ‘YELL’, são dois tópicos que se conversam, era 2017, eu tinha acabado de ingressar na faculdade de Psicologia (por pura e espontânea pressão, spoiler - tranquei o curso), quando conheci o trabalho da SOPHIE, foi a primeira vez que eu tive a noção de que a arte mudava vidas, foi aquele momento que mudou a minha vida; a SOPHIE me apresentou um jeito completamente novo de criar música, um mundo completamente novo, estranhamente acolhedor, foi quando percebi que havia sim espaço para o diferente, comecei a me interessar por produção musical, tudo o que eu tinha era um celular, baixei inúmeros aplicativos e me divertia criando as faixas mais inaudíveis que vocês possam imaginar, sou autodidata, o que sei de teoria, produção e tudo o que for referente ao meu trabalho, aprendi porque sou curioso, eu pesquisava, assistia tutoriais que eu nunca soube replicar, e foi com esses tantos erros que acabei desenvolvendo um estilo próprio de fazer as coisas. Cheguei a lançar através de um outro perfil diversas músicas que eu produzia no celular (felizmente dei sumiço em todo esse armamento nuclear que eu tinha na internet hahah), inclusive muita gente me acompanha desde o início e essa é uma das coisas mais mágicas que a música me proporciona, poder evoluir e ter gente acompanhando essa evolução em tempo real, vibrando comigo, é maravilhoso. Agora falando das minhas referências, a SOPHIE é sem dúvidas a razão de eu ser quem sou hoje e quando ela partiu foi um momento muito difícil para mim, eu não sabia mais como continuar sem aquele farol que costumava me guiar, mas prometi a mim mesmo que a minha arte seria parte do legado dela, acredito que cada artista que ela inspirou é parte desse legado que sempre viverá através da arte, e é isso que me motiva a continuar. Há também outros grandes artistas que me inspiram, sou um grande fã da Björk, Arca, Charli XCX, dos grandes nomes da EDM como Boards of Canada, Aphex Twin, Autechre, da eterna PC Music do A. G. Cook e Danny L Harle (dentre tantos colaboradores), do hip-hop como o J Dilla, e inúmeros outros que não vou citar para não ficarmos nessa repetição, e é claro, há tantos artistas nacionais que admiro muito e que me influenciam de alguma forma, há muito de funk no que faço, mas não há alguém em específico que eu tenha para citar, sempre brinco de que eu preciso ser minha própria referência nacional, de alguma forma estamos fazendo um trabalho novo aqui, e é tão difícil conquistar espaço mas não estou disposto a abandonar as minhas ideias.
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Como foi lançar o seu primeiro EP ‘Neo Dream’ e de onde vem esse nome? Primeiro preciso falar sobre a concepção do EP, eu não possuía um computador na época e para criá-lo precisei pedir emprestado o notebook do meu irmão, que fazia faculdade na época (e estava fazendo o tcc), e durante as férias dele tive DUAS semanas para criar o projeto da minha vida, eu vinha de um hiatus na produção de quase dois anos, sentar para produzir depois de todo esse tempo foi como por tudo o que me afligia pra fora, a primeira música que criei foi a que escolhi para ser o primeiro single, não tinha como não ser ‘Motoko’, o Votú (grande amigo meu, irmão que a arte me deu e um dos artistas mais singulares na eletrônica nacional) me presenteou com a mixagem das músicas, tudo estava indo bem, o primeiro single havia até mesmo entrado em uma playlist editorial, passamos um mês na Fresh Finds Dance, conquistando um público totalmente novo, mas como nem tudo são flores passei por um momento de muita insegurança com as minhas criações, retirei do ar os singles que havia trabalhado e cancelei o EP, que na época nem se chamava ‘Neo Dream’, o projeto ficou ali engavetado por cerca de um ano, até que um dia me deu saudades de ouvi-lo e apertei o play nos arquivos que eu ainda mantinha no celular, e a chama reacendeu, sou um artista que acredita que a arte é mutável e eu vi aquele projeto que me causou tantas inseguranças se transformar, se ressignificar, a ideia de chamá-lo assim foi porque apartir daquele momento ele simbolizava para mim o renascimento de um sonho, um novo sonho. 
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Dá pra ver a dedicação nas suas produções. Eu fico babando na sua capacidade de, dentro de uma mesma música, passear por diferentes estilos. Como você pensa suas composições? É algo que vem naturalmente ou você decide antes os caminhos que quer percorrer?  Ás vezes nem eu mesmo sei de onde vem a música, eu não sigo roteiro algum, é claro, sempre há alguma coisa passando pela mente mas de forma muito abstrata, e quando eu sento em frente ao computador para criar algo é como se eu fosse apenas um canal que a música utiliza para chegar ao mundo, eu não gosto de definir como algo vai soar, tudo depende do momento, seria como cortar os galhos de uma árvore durante o florescimento, seria desperdiçar os frutos que vêm em seguida, fazer música é sim muito complicado mas também é um espaço para se permitir ser livre, se permitir testar coisas, o máximo que pode acontecer é algo não soar bem, e então você pode refazer, há sempre como voltar atrás, faço uma outra cópia, mudo total o rumo que eu estava seguindo, se a gente não permitir experimentar a gente nunca saberá qual o gosto da novidade. Outra coisa que eu me pego fazendo é ouvindo aquilo que estou criando, e não digo ouvindo durante a criação, sempre que acabo uma sessão eu exporto o arquivo, independente de como ficou, eu passo o arquivo para o meu celular e ouço incontáveis vezes, de alguma forma eu acabo me familiarizando bem mais com as músicas dessa forma, é realmente como criar um filho e vê-lo crescer Sei que você é um nerd da música e consome todo tipo de coisa. De onde vem esse espírito explorador?  Essa pergunta ainda tem certa relação com o último tópico, acredito que o fato de eu consumir diferentes tipos de músicas acaba influenciando indiretamente as minhas produções, muitas das vezes em aspectos que sequer se assemelham as fontes das quais bebi, por exemplo, no Neo Dream têm algumas músicas com sintetizadores sibilantes, como assovios, extremamente agudos, são ideias que eu tirei do funk paulista, do que costumam chamar de “tuim”, ironicamente a única faixa funk do projeto não possui essa característica… Então são coisas que acabam indo parar ali nas minhas produções, porque eu passo tanto tempo ouvindo certas coisas que a minha mente acaba internalizando-as. Mas nem sempre fui esse “aventureiro”, eu cresci ouvindo exclusivamente música pop, mas há um momento que eu credito essa mudança, ouço Charli XCX desde ‘I Love It’, e passei um tempo distante dela até me reencontrar com ela novamente com a mixtape ‘Pop 2’, aquele projeto balançou a minha mente, de algum modo ainda era pop, mas um tipo de pop que eu nunca havia ouvido em toda a minha vida, fiquei fissurado, procurei os colaboradores que participaram do projeto, conheci a SOPHIE, o A. G., os artistas creditados como feat, e um foi me apresentando a outro, é como uma bola de neve e eu fui soterrado de arte… E ainda sobre essa ideia de conhecer um artista através de outro, eu conheci o Milton Nascimento através da Björk, e eu tive vergonha de mim mesmo por estar conhecendo o maior artista brasileiro através de uma islandesa, foi um ponto de partida para eu começar a me interessar mais pela música brasileira, também me motivou a sair mais do eixo estadunidense, passei a ouvir música latina, de países asiáticos, africanos, de outros cantos da Europa além do Reino Unido, é muito louco quando a gente abre os olhos para apreciar o que tá acontecendo e o que já aconteceu em todo o globo, ver a cena eletrônica em diferentes países, o Kraftwerk precursor de tudo é alemão, a Yellow Magic Orchestra é do Japão, a nossa eletrônica tem o funk e é o ápice da nossa vanguarda, cada país possui uma imensa vastidão de cultura e eu só espero poder consumir o máximo de arte que eu puder, não só de música, eu me delicio muito assistindo filmes de diferentes lugares do globo, de Tarkovsky da antiga URSS ao nosso Glauber Rocha.
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Recentemente você se abriu para produzir outros artistas. Fale sobre essa experiência e como ela reverbera na sua obra autoral.  É um desafio, eu sou muito “mão de ferro” com a minha arte, então lidar com as expectativas do outro tem moldado muito a forma como eu enxergo o “fazer música”, quem me conhece sabe que eu tenho um estilo muito meu, eu tento englobar ao máximo o colaborador, mas não posso deixar de ser o YELL, rola um intercâmbio de ideias muito interessante, e uma colaboração não engloba apenas as pessoas que eu convidei para cantar em um instrumental meu, recentemente tive o grande prazer de ser contratado para produzir alguns singles para alguns artistas, lembrei da primeira vez que a distribuidora me enviou meus primeiros 3 dólares que os royalties das minhas músicas haviam rendido, era tão pouco mas eu pensei “eu tô ganhando dinheiro com a minha música”, então entregar esses trabalhos é também uma realização profissional, além de significar muito para mim a ideia de ter alguém que curtiu tanto o meu som ao ponto de me convidar para criarmos algo juntos, porque nunca é só música, os dois lados acabam pintando um pedaço da história um do outro, é o que há de mais mágico em colaborar. Minha música favorita é ‘Like That’. Sonho com o dia em que vou te ver tocando numa pistinha. Você tem pensado em começar a tocar? Quais os desafios desse momento? Eu não vejo a hora de poder tocar ao vivo, mas é algo que no momento foge do meu alcance, eu moro em um pequeno interior aqui no Maranhão, não tem cena alguma aqui, principalmente para o tipo de música que eu faço, mas tenho me esforçado para criar um repertório interessante para que no momento certo eu possa brilhar, antes disso eu pretendo fazer algum curso de DJ, eu quero poder proporcionar às pessoas o meu melhor. No momento não tenho previsão de começar a me apresentar, mas haverá sim essa oportunidade e eu vou me preparar para dar tudo de mim.
RECOMENDAÇÕES: - Filmes: O meu favorito é o Blade Runner do Ridley Scott, grande clássico de ficção-científica, inclusive é o meu gênero cinematográfico favorito e eu poderia citar outros filmes como o 2001 do Kubrick, Solaris do Tarkovsky, os animes Akira e Ghost in the Shell (esse último inspirou a criação de Motoko) - Álbuns: O 'Utopia' da Björk é o meu álbum favorito da vida, ironicamente eu odiei na primeira vez que ouvi, mas cresceu em mim de uma forma, 'Losss' que está no álbum é também minha música favorita, outros álbuns que mudaram a minha vida são: Mutant da Arca, 'Oil of Every Pearl’s…' da SOPHIE, 'Ray of Light' da Madonna e o 'Geogaddi' do Boards of Canada - Jogos: Eu nunca tive dinheiro para comprar consoles então devo toda a minha gratidão aos emuladores, joguei o 'Chrono Trigger' de Super Nintendo quando criança e esse ano decidi jogar novamente e foi uma experiência maravilhosa, importante salientar que a trilha sonora é uma das coisas mais lindas que um músico já criou, eu amo a franquia Pokémon (meu favorito é o Emmerald), estou jogando agora pela primeira vez os jogos de Pokémon do 3DS (pois só agora posso baixar o emulador) e tenho me divertido muito, outros jogos que moldaram o que sou foram o Haverst Moon: Back to Nature, também joguei muito jogos on-line quando ia visitar meus tios aos finais de semana, eu adorava jogos de confeitar e aquele do salão que tinha a coreana, infelizmente não me recordo os nomes, mas a memória fotográfica não falha
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rodadecuia · 1 year ago
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dz0 · 1 year ago
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MÚSICA ELETRÔNICA 2023 🔥 ELETRÔNICAS 2023 MAIS TOCADAS 🔥 Alok, Vintage C...
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